O que o RH pode fazer para conter a “Grande Resignação”?
Publicado em: 18/07/2022
Abandonar o emprego mesmo sem ter uma carta na manga? No meio de uma pandemia? Só pode ser “loucura, loucura, loucura”, pra usar um antigo bordão de um apresentador de TV, rs.
Mas não é.
Trata-se de um movimento que começou em meados do ano passado nos Estados Unidos, chamado de “Great Resignation” ou “A Grande Renúncia”, em português. Apenas num semestre, 25 milhões de pessoas pediram as contas naquele país, o que dá uma média de 4 milhões de solicitações de demissão por mês. Tudo isso em meio a uma pandemia, vale lembrar.
E, aliás, muito por causa dela também: muitos aproveitaram o período de isolamento social, em home office, para repensar prioridades em relação às suas vidas pessoais, buscando um equilíbrio melhor na relação com o trabalho. Como já era de se esperar num mundo cada vez mais interconectado, o movimento se espalhou pelo planeta e chegou ao Brasil: um estudo que tomou como base dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do IBGE, mostrou que quase meio milhão de brasileiros se demitiu de forma voluntária, todos os meses, no decorrer de 2021, o dobro do que vinha sendo registrado nos anos que antecederam a pandemia.
Para 2022, segundo a pesquisa, 49% dos profissionais que já tinham um emprego pretendiam procurar novas oportunidades no mercado, sendo que mais 60% pensavam em mudar de empresa, continuando na sua área de atuação, enquanto quase 40% gostariam de estar num outro setor ou até mesmo em outra profissão.
Por que “Grande Renúncia?”
O nome desse fenômeno foi cunhado pelo psicólogo organizacional e professor universitário Anthony Klotz para “traduzir” uma mudança de paradigma nas relações de trabalho acelerada pela pandemia de COVID-19, de uma posição de passividade e submissão para uma em que a pessoa assume as rédeas da sua vida pessoal e da sua carreira, mesmo que tenha que renunciar ao seu emprego atual para isso, em busca de uma condição – pessoal e profissional – mais condizente com os seus novos anseios.
Motivos para a “Grande Renúncia”
Entre os motivos para buscar outras oportunidades ao longo desse ano de 2022, estavam a vontade de aprender algo novo, melhores salários, com uma carga horária de trabalho mais equilibrada e um trabalho que realmente fizesse sentido para eles e possibilitasse mais qualidade de vida, mostrou o levantamento.
A Nova Economia que vem se desenhando desde o início da pandemia, com a flexibilização das formas de trabalhar e a mudança da percepção que as pessoas passaram a ter em relação ao trabalho, só pra citar alguns fatores, trazem novos desafios para gestores e profissionais de RH.
Um deles é essa onda de demissões, que pode gerar um “turnover” de custo altíssimo para a empresa. Então, como reter talentos e atender os anseios dos profissionais que podem estar cansados de “latas velhas” em termos de modelos de trabalho quando podem exercer suas atividades de seu “lar doce lar”?
Foco na experiência do colaborador
Por mais óbvio que pareça, a experiência que o colaborador tem na empresa, desde a abordagem inicial para o processo seletivo, conta muito. Mas, muitas das grandes empresas ainda não contam com um plano bem definido para oferecer uma boa experiência para o colaborador e nem sabem ao certo as vantagens competitivas que isso traz para o negócio, que a gente conta nesse outro artigo.
As lideranças também são peça-chave, para trabalhar fatores como motivação e até levantar e levar ao RH as necessidades que seus times podem apontar para que essa experiência seja a melhor possível, mesmo porque, como não sentir um quentinho no coração quando a sua empresa se preocupa e cuida verdadeiramente de você, oferecendo, por exemplo, treinamentos corporativos com foco no desenvolvimento de habilidades comportamentais e nas principais tendências de mercado, como os do Catálogo “Tá na mão”?
A Happmobi também oferece outras soluções em educação corporativa, que o RH da sua empresa pode desenvolver em conjunto com as nossas equipes, numa consultoria de ponta a ponta, personalizada, para engajar mais e garantir a retenção de talentos e os melhores resultados em produtividade e eficiência.