Ética corporativa e boa conduta
Publicado em: 21/06/2023
O ano é 2023 e ainda convivemos com notícias de situações de trabalho análogo à escravidão, assédio moral e sexual, lavagem de dinheiro, corrupção, ações e omissões cometidas por empresas contra o meio ambiente… O que une tudo isso, na sua opinião?
Todas essas práticas são exemplos de atitudes que vão contra o Comportamento Ético adequado e esperado por parte de pessoas e empresas.
Mas, o que é ética? E qual a sua relação na prevenção de condutas que podem trazer severos danos às empresas, em especial, o Assédio Moral, o Assédio Sexual e a Lavagem de Dinheiro?
As respostas estão neste artigo! Continue a leitura e entenda a importância do Comportamento Ético e de impedir que ações imorais e antiéticas aconteçam no ambiente de trabalho.
Ética no trabalho (e na vida)
Para começarmos a falar sobre a Ética, precisamos voltar às suas origens, que são bem, mas bem antigas: a Grécia, de Sócrates, Platão e Aristóteles, que, inclusive, é considerado como o fundador da ética como uma das áreas de estudo da filosofia.
O Ethos, palavra de origem grega da qual surgiu “Ética”, denominava o “modo de ser” das pessoas, isto é, o conjunto de valores que deveria orientar o comportamento do homem para com a sociedade, em diversos contextos, como, por exemplo, o trabalho.
Por ter como objetivo o bem estar social, é até meio óbvio dizer, tal “modo de ser” deve abranger valores positivos e guiar comportamentos que não sejam prejudiciais nem à sociedade e nem ao(s) ambiente(es) em que ela está inserida.
Daí vem a aplicação da ética no trabalho, normalmente por meio de Códigos de Ética e Conduta, Regimentos Internos e similares, que nada mais são do que o conjunto de valores que devem reger a atuação de cada colaborador dentro do ambiente profissional, estabelecendo as condutas que precisam ser observadas e as sanções previstas a quem “sair da linha”.
Fato é que a superexposição a que pessoas e empresas estão submetidas, provocada principalmente pela velocidade cada vez mais rápida com que as informações se espalham, pode amplificar ainda mais os prejuízos e danos em casos de desvios éticos e/ou morais:
- Queda na motivação, nos índices de retenção e engajamento dos colaboradores;
- Perda de produtividade;
- Prejuízos à segurança psicológica dentro ambiente corporativo;
- Danos à imagem e reputação da organização com todos os seus públicos, entre outros fatores.
Quer saber mais sobre a importância de criar uma cultura organizacional pautada no Comportamento Ético, respeitando valores fundamentais para toda a sociedade?
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Agora, vamos de exemplos de práticas que ferem as boas condutas éticas e que, portanto, devem ser combatidas? Veja cada um abaixo e o que a empresa fazer para preveni-las e evitá-las!
Assédio Moral – O que é e como combater?
No ambiente escolar, existe uma prática muito discutida há longos anos chamada bullying. Trata-se de, deliberadamente, caçoar ou constranger uma outra pessoa (ou grupo de pessoas) por uma determinada característica.
O Assédio Moral é como o “bullying da vida adulta”, no ambiente de trabalho e ocorre quando uma pessoa (ou um grupo delas), deliberada e sistematicamente passa por situações de constrangimento e abuso, como por exemplo:
- Insultos (verbalmente ou por escrito).
- Comportamentos intimidatórios e que envergonhem ou constranjam.
- Expressões faciais e corporais de desprezo ou desrespeito.
E o Assédio Moral acontece só de cima pra baixo, ou seja, tendo líderes como assediadores e liderados como vítimas?
Não necessariamente!
O Assédio Moral pode acontecer tanto por parte de líderes contra liderados, de liderados contra líder(es), sendo, dessa forma, Assédio Moral Vertical, entre pessoas da mesma posição hierárquica, o Assédio Moral Horizontal, e unindo ambos: ou seja, uma pessoa pode ser, ao mesmo tempo, vítima de Assédio tanto por parte de um superior (ou subordinado) quanto por alguém do mesmo nível de hierarquia, o chamado Assédio Moral Misto.
Confira o que cada um dos colaboradores da sua empresa pode fazer para ajudar a combater o Assédio Moral no trabalho e a tornar o clima organizacional cada vez mais positivo e produtivo.
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E o Assédio Sexual?
Uma outra forma de Assédio que pode acontecer em ambientes de trabalho é o de cunho sexual. Diferente do Assédio Moral, o Assédio Sexual é crime, previsto em lei!
De acordo com o Artigo 216 – A do Código Penal Brasileiro, Assédio Sexual trata-se de “Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”.
Embora não respeite questões de gênero, as mulheres são a maioria das vítimas. Segundo o Tribunal Superior do Trabalho, ao menos 60% das trabalhadoras brasileiras já foram vítimas, pelo menos uma vez, de assédio sexual no trabalho. E, das vítimas, apenas 3% chegam a denunciar o que sofreram.
O que configura Assédio Sexual no trabalho?
Assim como o Assédio Moral, o Assédio Sexual não se mostra apenas por atitudes, como toques inapropriados, forçar beijos ou carícias ou impedir a passagem da pessoa, embora estes sejam exemplos mais claros.
Ele pode acontecer, também, de maneira verbal e até não verbal, através de cantadas, convites inapropriados de cunho (ou com intenção) sexual, pelo compartilhamento ou manutenção de imagens íntimas da vítima sem o seu consentimento, olhares fixos ou insistentes, entre outros.
Assédio Sexual no trabalho não precisa acontecer somente no ambiente de trabalho
O Assédio Sexual é caracterizado se as investidas ocorrerem em razão do trabalho, antes, durante e após o horário do expediente, ou em situações a ele relacionadas, como:
- No refeitório da empresa ou num restaurante, na hora da refeição;
- Em carona ou no transporte a caminho ou voltando do trabalho;
- Por meio de mensagens trocadas em aplicativos de mensagens ou redes sociais
- Em viagens a trabalho, home office e outros locais e atividades correlatas ao trabalho;
- No happy hour ou em confraternizações da empresa.
Como já dissemos um pouco antes, o Assédio Sexual ultrapassa questões de gênero e, por isso, homens e mulheres podem (e devem) se unir para combatê-lo em seu ambiente de trabalho (e também no transporte, em casa…).
No nosso novo treinamento, cujo tema é o Assédio Sexual, os seus times conhecerão em detalhes tudo o que envolve essa prática, o que serve como prova, como vítima e colegas de trabalho podem agir e 5 atitudes que homens e mulheres podem tomar, diariamente, para erradicar e combater firmemente o Assédio Sexual no trabalho.
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Prevenção à lavagem de dinheiro
De 2% a 5% das riquezas produzidas por todas as nações do planeta são “lavados” todos os anos, algo em torno de, ao menos, 800 bilhões de dólares. Mais ou menos como se somássemos as fortunas de Elon Musk, Warren Buffet, Jeff Bezos, Bill Gates e mais uns três ou quatro bilionários.
Esse é um dado do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) que mostra a importância de as empresas criarem mecanismos efetivos de combate e Prevenção à Lavagem de Dinheiro.
A Lavagem de Dinheiro parece, literalmente, uma história de cinema, tanto que vários filmes sobre a máfia e Al Capone – e até séries – abordam o tema (a aclamada Breaking Bad é uma delas).
Para que ela aconteça, são necessárias três etapas:
- A colocação do dinheiro, vindo de atividades ilícitas, no sistema financeiro.
- A ocultação, por meio de movimentações eletrônicas de transferência do dinheiro para os famosos “paraísos fiscais”.
- A reintegração do capital, ou seja, a sua volta ao sistema financeiro após as movimentações, que lhe deram uma aparência “limpa”, dificultando suas reais origens.
Com a ascensão dos bancos e moedas digitais, o mapeamento da origem e das movimentações financeiras se tornou um processo um pouco mais complexo para empresas de setores que estão mais expostos a serem vítimas de tentativas de lavagem de dinheiro, como: bancos, financeiras e empresas de meios de pagamento, seguradoras e bolsas de valores, entre outras.
Como parte da Trilha de Ética e Boa Conduta, a Happmobi desenvolveu um treinamento exclusivo sobre Prevenção à Lavagem de Dinheiro, no qual o foco é que os colaboradores conheçam todas as etapas do processo, como é feita a fiscalização, as obrigações das chamadas “pessoas obrigadas”, boas práticas para não darem “brecha” para lavadores de dinheiro e identificarem indícios da prática, as punições previstas na legislação brasileira sobre Lavagem de Dinheiro e a sua relação com o Financiamento ao Terrorismo, que aliás, é real!
Fique por dentro e previna-se!
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A trilha de Ética e Boa Conduta é um conjunto de treinamentos corporativos do nosso Catálogo “Tá na mão”, que contempla diversos outros cursos superimportantes para você treinar e desenvolver os seus times.