A sua empresa está preparada para a autogestão?
Publicado em: 25/11/2021
A pandemia de COVID-19 adiantou um processo que muitas empresas já vinham ensaiando há algum tempo: equipes trabalhando remotamente, cada um no seu quadrado(a-a-do), ou seja, na sua casa (ou em qualquer lugar do mundo), sem um superior para monitorar de perto se os jobs estão andando conforme o cronograma planejado.
E, então, apareceu mais um desafio (e uma grande oportunidade) para líderes e liderados: implantar a autogestão nas equipes.
Mas, o que é a autogestão?
Vamos começar do começo, esclarecendo uma confusão muito comum. Autogestão, embora pareça ser o mesmo que gestão horizontal, não o é. Como assim? #chocad@
Para simplificar, a autogestão pode ser entendida como um caminho para a gestão horizontal. A partir da implementação de uma gestão focada nas pessoas, é possível identificar suas habilidades (oi, Soft Skills!) e então, dar mais autonomia ao time na tomada de decisões.
A grande diferença entre a autogestão e a gestão horizontal é que, na primeira, existe a figura do líder, que pode ser requisitado para validar etapas de um determinado projeto (mas não todas, pois o profissional – ou a equipe – responsável tem autonomia para tomar suas próprias decisões a respeito e, então, dar seguimento). Aliás, numa empresa autogerida, os papéis, limites e responsabilidades de cada um estão bem definidos.
Já numa gestão horizontal, não importa se você é o CEO, líder da equipe ou o estagiário, pois a hierarquia desaparece e todos têm o mesmo “poder” de decisão.
E por que a autogestão é um caminho para a gestão horizontal?
Porque, conforme a equipe vai ganhando autonomia e confiança para andar com as próprias pernas e deixando de depender da palavra final do líder para aprovar uma certa decisão, consegue avançar para uma gestão em que não há mais uma separação de papéis baseada em hierarquia e sim em regras bem estabelecidas e autonomia, em que cada um sabe até onde pode decidir.
Um levantamento da Consultoria Mercer apontou que 62% dos líderes disseram que a capacidade de se autogerenciar é uma competência fundamental para as gerações que estão por vir.
Legal! E como a minha empresa pode implementar um sistema de autogestão (ou melhorá-lo) e acolher essas próximas gerações, já antenadas nesse modelo?
Aposte na comunicação
A tendência é que o trabalho remoto ganhe cada vez mais espaço, então, é mais do que necessário manter um bom esquema de comunicação, não para o líder “fiscalizar” o andamento dos projetos, mas para acompanhá-los e esclarecer eventuais gargalos que podem estar impedindo sua equipe de se autogerenciar.
Tais encontros virtuais podem ocorrer diariamente, semanal ou quinzenalmente, o que funcionar melhor de acordo com o perfil da empresa.
Dê autonomia às pessoas, independente de cargos e motive-as a tomar decisões
Nas descrições das funções, faça com que as pessoas sintam-se seguras para tomar um número maior de decisões sem precisar do aval de um superior. Mas, tenha paciência porque, principalmente no início, é normal ter medo de errar.
Feedbacks periódicos também são uma ferramenta superimportante para que os colaboradores saibam o que está funcionando e onde precisam adequar-se.
Incentive a sensação de pertencimento
Poucas coisas são mais recompensadoras no ambiente de trabalho do que saber que o que você faz ou uma decisão que você sugeriu foram responsáveis pelo resultado da equipe e, por tabela, da empresa, né?
Então, para que a autogestão faça parte do mindset dos colaboradores do seu time, é importantíssimo fazer com que se sintam parte de um todo e, principalmente dos méritos.
Recrute!
O trabalho do RH é primordial para uma empresa que se autogere. Durante os processos de recrutamento e seleção, o RH, através de testes comportamentais e de desempenho, consegue identificar perfis que estejam dispostos a trabalhar com autonomia e autorresponsabilidade.
Foco na qualificação!
A autogestão é um processo e, por isso, é necessário investir na qualificação dos times, dando-lhes conhecimentos e ferramentas para que aprendam cada vez mais como autogerenciarem suas tarefas e seu tempo de trabalho.
Com o tempo, os colaboradores irão se enxergar como protagonistas da empresa, como um importante papel decisório nos resultados da equipe a qual fazem parte.
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