4 temas sobre Segurança do Trabalho que devem estar no seu radar!
Publicado em: 23/08/2023
O Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho vem reunindo uma série de dados super importantes para dar uma dimensão da importância do tema Segurança do Trabalho e é por eles que você vai começar a leitura desse artigo.
De acordo com o Observatório, desde 2012:
– Quase 7 milhões de trabalhadores com carteira assinada sofreram algum acidente de trabalho, o equivalente a uma notificação de acidente de trabalho a cada 51 segundos.
– Mais de 25,5 mil pessoas vieram a óbito em decorrência de acidentes de trabalho, o que significa uma vida perdida a cada 4h, vítima de acidente de trabalho, aproximadamente.
– 525.576.341 dias de trabalho foram perdidos até o momento em que este artigo é escrito por causa de afastamentos em virtude de acidentes relacionados ao trabalho, representando um custo de mais de R$ 135 bilhões ao INSS.
Ok, mas o que é Segurança do Trabalho?
Como o próprio nome já dá uma pista, Segurança do Trabalho diz respeito ao conjunto de iniciativas que deve ser adotado pelas empresas, para prevenir acidentes e doenças ocupacionais, garantindo, dessa forma, a saúde e a integridade física dos colaboradores que fazem parte dessas organizações.
E, além disso, Segurança do Trabalho também é uma ciência: aquela que trabalha para prevenir que acidentes de trabalho, causados por fatores de risco ocupacionais, aconteçam.
Acidente de trabalho x Risco ocupacional
Tem diferença? Tem! E nós vamos te explicar qual é:
Riscos ocupacionais são situações que podem resultar em acidente ou provocar danos à saúde das pessoas, à saúde do negócio em si ou, também, ao meio ambiente, como, por exemplo: falhas na rede elétrica, ferramentas e equipamentos, incêndios, manuseio de produtos perigosos etc.
Acidente de trabalho é qualquer coisa que aconteça durante a execução de tarefas relacionadas ao trabalho, seja no trabalho em si ou no trajeto entre casa e trabalho, que resulte em lesão física, perda ou redução da capacidade de trabalhar, ainda que temporariamente ou, também, doença que leve à morte.
E quais são as causas mais comuns de acidentes de trabalho?
- Falta de treinamento,
- Falta de equipamentos de segurança e/ou de supervisão, favorecendo atos inseguros no trabalho,
- Falta de manutenção adequada de equipamentos,
- Condições de trabalho inseguras e/ou perigosas,
- Condições pessoais de insegurança, relacionadas a problemas de saúde física ou psicológica e
- Comunicação ineficaz.
Como fazer uma boa gestão de
Segurança e Saúde no Trabalho?
A falta de treinamento, como vimos na lista, é um dos principais fatores para a ocorrência de acidentes de trabalho, o que comprova que treinar os colaboradores, a fim de evitar que exponham-se a situações perigosas, sabendo manejar corretamente máquinas e equipamentos, por exemplo, é superimportante para ajudar a reduzir (ou diminuir a velocidade de crescimento) os números que citamos lá no início deste artigo.
Segurança e Saúde no Trabalho envolvem diversas questões, entre as quais estão a Norma Regulamentadora n.º 5 (NR 5) e a famosa Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho e de Assédio (CIPA).
A CIPA
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio, popularmente conhecida como CIPA, é uma exigência da NR 5, norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que estabelece os parâmetros para o funcionamento de tal Comissão, que é a responsável por colaborar para a redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
A CIPA é composta por representantes do empregador e dos colaboradores, os chamados “Cipeiros”, os quais têm a atribuição de reunirem-se ordinária ou extraordinariamente para discutir os acidentes ocorridos em determinado período e estabelecer as medidas necessárias para reduzir os riscos de que ocorram novamente, entre outros assuntos pertinentes à Prevenção de Acidentes de Trabalho e, mais recentemente, também de Assédio, com a mudança na nomenclatura e nas atribuições da Comissão, que pode variar de proporção a depender do porte da empresa.
Prevenção e combate a incêndios
A primeira coisa que você pensou, certamente, são nos extintores que estão espalhados pelo andar (e se não estão, seu botão de alerta deve estar aceso a essas horas, rs…).
Os extintores são divididos em 3 classes, cada uma correspondente ao tipo de combustível que originou o fogo:
Classe A (Extintores de Água Pressurizada) – Voltados ao combate ao fogo em materiais sólidos, como madeira, carvão, papel, entre outros.
Classe B (Extintores de Pó Químico Seco – PQS) – Voltados ao combate ao fogo em combustíveis líquidos inflamáveis, como gasolina ou óleo combustível.
Classe C (Extintores de Gás Carbônico) – Voltados ao combate ao fogo em equipamentos energizados, embora a Classe C de Combustíveis refira-se aos combustíveis gasosos, como gás natural, propano etc.
E como surge um incêndio? Aliás, o que é um incêndio propriamente dito?
Um incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado, que, por sua vez, surge a partir da combinação de três fatores:
O calor, que é o responsável por elevar a temperatura dos materiais combustíveis ao ponto de ignição, ou seja, a temperatura mínima para que o material comece a queimar.
O combustível, isto é, o material que é queimado durante a combustão.
O oxigênio, que é o elemento mais importante para que algo pegue fogo, pois é ele que sustenta a reação química (combustão). Sem quantidade de oxigênio suficiente, o fogo não consegue se manter.
Entender como se dá a combustão e os tipos de materiais que podem ser inflamáveis é o primeiro passo para se evitar incêndios. Entretanto, treinar os colaboradores para que saibam ainda mais detalhadamente boas práticas que podem reduzir o risco de ocorrências de fogo descontrolado, é ainda mais importante.
Primeiros Socorros
A maioria dos acidentes de trabalho são evitáveis, mas, infelizmente, acabam ocorrendo.
Nesse ponto, ter noções básicas de Primeiros Socorros pode salvar vidas, seja em virtude de acidentes no local ou a caminho do trabalho, em casa ou na rua, porque acidente não marca hora para acontecer!
O que são Primeiros Socorros?
São medidas tomadas imediatamente após um acidente ou situação de emergência, com o objetivo de auxiliar temporariamente a vítima, evitando que o seu quadro se agrave até a chegada de um profissional de saúde qualificado.
Essas medidas podem ser simples atitudes como ficar ao lado da vítima conversando e tranquilizando-a até a chegada do resgate, cobrir uma ferida, imobilizar uma parte do corpo ou até mesmo ministrar um medicamento que alivie a dor, por exemplo.
Entretanto, é preciso prestar tal apoio da maneira adequada pois, se aplicados incorretamente, os Primeiros Socorros podem até prejudicar ainda mais a saúde da vítima.
Numa empresa, a figura do Socorrista é determinante para garantir que os Primeiros Socorros procedam a fim de garantir o atendimento de emergência, agindo também em outros contextos, já que a maioria dos acidentes com vítimas fatais ocorro no trajeto entre casa e trabalho.
Sua função é a de é manter a pessoa viva e consciente até a chegada do socorro especializado e evitar causar outras lesões ou agravar as já existentes, sendo importante, antes de iniciar os Primeiros Socorros, observar a situação para não se tornar uma vítima também!
Treinar é preciso!
Como dissemos um pouco antes, acidentes não marcam hora e simples atitudes podem salvar vidas! Então, ao prover conhecimentos sobre os diversos temas que abordamos ao longo deste artigo (CIPA, Segurança do Trabalho, Prevenção e Combate a Incêndios e Primeiros Primeiros Socorros) na empresa, você prepara seus colaboradores para estarem aptos para atuar em emergências e obedecer às determinações da NR 5, que, vale lembrar, é uma regulamentação a que todas as empresas estão sujeitas.
Na trilha de treinamentos sobre a NR 5 da Happmobi, todos esses assuntos são explicados tim-tim por tim-tim, para que os colaboradores de cada time tomem ciência da importância de setores como a CIPA e dos cuidados com a prevenção a acidentes no trabalho a fim de criar ambientes livres de riscos e que favoreçam a saúde ocupacional!
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