Como NÃO errar na construção da persona da sua empresa!
Publicado em: 01/11/2021
Entender para quem a sua empresa existe, trabalha e desenvolve soluções e novos produtos, ou seja, qual é a sua razão de ser, é fundamental para garantir um índice maior de assertividade, a redução de custos financeiros e do tempo despendido para criar e fazer rodar lançamentos e, consequentemente, elevar a produtividade.
Muito comuns em ferramentas de Marketing e de Design de Interação como o Design Thinking e o MVP (Produto Mínimo Viável), a Persona pode ajudar a sua empresa a ser mais eficaz quando decidir testar a viabilidade de um novo produto ou estratégia para melhorar serviços ou processos.
Persona… de personagem?
Quase isso!
A Persona é, nada mais, nada menos, do que uma representação fictícia do consumidor ideal (ou padrão) para o seu negócio.
Essas Personas são construídas por meio de pesquisas e/ou entrevistas feitas junto aos seus clientes, com base em fatos e dados concretos e fiéis à realidade, levando em conta comportamentos, hábitos, angústias, desejos e toda e qualquer informação que ajude a completar o perfil, como informações demográficas e geográficas – desde que faça sentido para o seu contexto e não te atrapalhe em vez de ajudar.
E existem três perfis de Persona: aqueles que realmente são o consumidor ideal, aqueles que não tem fit com o seu negócio e por isso, são o consumidor que a sua empresa não quer ter, e o médio, que são, por assim dizer, o ‘meio-termo’, o ‘senso comum’.
Ficou curioso e quer montar uma Persona para a sua empresa?
O processo de criação de uma Persona é bem simples, mas exige atenção de toda a equipe envolvida.
O começo de tudo se dá com a elaboração do formulário de entrevista, que coletará os dados básicos para as etapas seguintes. Por ser mais profunda do que o público-alvo, a Persona exige um nível de detalhamento maior, por serem necessárias questões mais diversificadas, para além de idade, cargo, e onde mora, como…
Hábitos (pessoais e de consumo, se for o caso), estilo de vida, desejos, frustrações, desafios, crenças, como e em quais meios consome conteúdo e se informa, o que levou a buscar os serviços da empresa e como ela pode ajudar a solucionar as dores do cliente.
Depois, é hora de ir a campo, fazer as entrevistas e, após, analisar os dados coletados para extrair os insights que darão vida à Persona, a partir das respostas mais recorrentes, que traçam o perfil ideal do seu cliente.
Uma estratégia muito prática para a criação de Personas é o Mapa da Empatia.
A partir dos dados mais frequentes coletados nas entrevistas, basta preencher os campos do Mapa, que é um quadro com os itens a seguir:
Nome:
Idade:
O que pensa e sente?
O que vê?
O que ouve?
O que fala e faz?
Quais são as suas dores?
Quais são as suas necessidades?
A partir dessas respostas, é hora de criar a “historinha” da sua Persona, dando vida a ela e, então, validá-la junto ao seu público, para confirmar se ela realmente tem aderência e faz sentido para com os seus clientes e internamente, para os seus colaboradores.
Principais erros na ao criar uma Persona
Errar é humano, a gente sabe, mas, erros no mundo corporativo representam perda de tempo, dinheiro e esforço dos times envolvidos.
Pra te ajudar, listamos alguns dos erros mais cometidos quando as empresas tentam formular Personas:
- Falha na Matriz
É, na Matriz mesmo. Uma pesquisa feita da maneira errada é um mau ponto de partida. Perguntas demais podem te atrapalhar, assim como perguntar de menos. Então, é importante fazer uma pesquisa prévia para montar o roteiro de perguntas ideal, que vai se traduzir nas respostas e, posteriormente, insights para a sua empresa elaborar o perfil de cliente ideal. - Usar mal as informações que coletou
Se o seu time ou a sua empresa fez uma pesquisa enorme e completinha e extraiu um mundo de informações, é para usar todas elas, pois, assim é que se tem um perfil bem completo do que seria o seu consumidor ideal. - Se projetar na sua Persona
Outro erro muito frequente é projetar as expectativas e opiniões da equipe na Persona do seu negócio. Lembre-se de que ela é a representação do cliente ideal para a sua empresa, baseada em pesquisas e entrevistas, e não a representação que o seu time acredita que seja o cliente ideal. - Sabe aquela frase “Menos é mais”?
Sabe aquela frase “menos é mais”. Ela se aplica às Personas. Ter vários perfis que representem idealmente o seu cliente pode confundir os seus times no momento de desenvolver novos produtos, serviços ou estratégias, por não saber para qual das Personas está trabalhando. - Não monitorar resultados
Como toda estratégia, as Personas também precisam ser monitoradas, ainda mais num cenário tão volátil quanto é o empresarial. Portanto, proponha um acompanhamento periódico da sua Persona, para verificar se ela ainda se adequa a realidade atual.
Essa verificação pode ser feita a cada seis meses ou anualmente.
A sua empresa costuma utilizar o Desing Thinking ou o MVP como estratégias para o desenvolvimento de novos produtos ou melhoria de processos?