Saber exatamente para quem sua empresa existe é uma das atitudes mais estratégicas que um time de marketing, gestão ou produto pode ter. Ao compreender as necessidades, comportamentos e dores do público-alvo, é possível aumentar a assertividade, reduzir custos com testes mal direcionados e acelerar o desenvolvimento de soluções mais eficazes.
A construção de personas é a base de uma aprendizagem significativa sobre o mercado e o consumidor, promovendo decisões orientadas por dados, e não por achismos.
Apesar do nome lembrar “personagem”, a Persona é uma representação semi-fictícia do cliente ideal de um negócio. Ela é criada a partir de dados reais, extraídos de pesquisas, entrevistas e análises de comportamento, e serve como um guia para:
Direcionar campanhas de marketing mais precisas
Desenvolver produtos alinhados às reais necessidades do público
Otimizar estratégias de comunicação, atendimento e vendas
Alinhar ações de gestão e inovação
Ferramentas como Design Thinking e MVP (Produto Mínimo Viável) utilizam Personas para validar hipóteses, testar ideias e desenvolver soluções centradas no usuário.
Antes de imaginar quem você deseja atingir, entenda quem já consome seus produtos ou serviços. Realize entrevistas com clientes e stakeholders para identificar:
Dados demográficos (idade, localização, escolaridade)
Hábitos de consumo e estilo de vida
Canais onde consomem conteúdo e se informam
Dores, desafios e expectativas
Valores e crenças
Jornada de compra e motivadores de decisão
Dica: Vá além do “público-alvo”. A Persona é mais profunda e personalizada.
Com os dados em mãos, monte um perfil humanizado. Um modelo simples pode incluir:
Nome fictício e idade
Ocupação e área de atuação
O que pensa e sente
O que vê, ouve, fala e faz
Quais são suas dores e desejos
Como sua empresa pode ajudá-la
Essa representação ajuda as equipes a se colocarem no lugar do cliente e tomarem decisões mais empáticas e centradas em valor.
O Mapa da Empatia é uma ferramenta visual muito útil para organizar as informações coletadas. Preencha os campos:
O que pensa e sente?
O que vê?
O que ouve?
O que fala e faz?
Quais são suas dores?
Quais são suas necessidades?
Com base nessas informações, crie uma narrativa fluida e realista, validando-a com feedback interno e, se possível, externo.
Muitas perguntas confundem. Poucas perguntas limitam. Encontre o equilíbrio com um roteiro bem pensado e alinhado ao objetivo do projeto.
Se você investiu tempo e energia nas entrevistas, use todas as informações! Elas são fundamentais para uma Persona completa e confiável.
Evite construir a Persona com base nas opiniões da equipe. A Persona deve refletir o cliente real — não um ideal interno e subjetivo.
“Menos é mais”. Ter muitas personas pode gerar confusão nas equipes. Foque nos perfis principais que realmente influenciam as decisões.
Mercado muda, pessoas mudam, sua Persona também deve evoluir. Reavalie a cada 6 ou 12 meses para garantir que ela continue relevante.
Empresas que utilizam a construção de personas como base para estratégias de aprendizagem significativa conseguem criar conteúdos, treinamentos e produtos com maior engajamento e impacto.
No campo da gestão, saber quem é o usuário final ajuda a melhorar a comunicação entre áreas e impulsiona a inovação baseada em necessidades reais, e não apenas em tendências.
Tanto no Design Thinking quanto na criação de MVPs, a Persona ocupa papel central. Afinal, é com base nela que surgem:
Hipóteses de teste
Funcionalidades prioritárias
Testes de usabilidade
Aprendizados rápidos
Sem uma Persona clara, o risco de criar soluções irrelevantes é muito maior.
Se a resposta for “não”, talvez seja hora de mudar esse cenário. Investir na construção de personas bem fundamentadas pode ser o diferencial entre uma estratégia mediana e uma que realmente gera resultado — seja no marketing, na gestão ou no desenvolvimento de novos produtos.
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