Por trás de cada cargo de liderança há uma pessoa com emoções, medos, incertezas e vulnerabilidades. No entanto, a pressão pelo desempenho e o peso das responsabilidades ainda fazem com que muitos líderes sejam vistos (e se vejam) como figuras inabaláveis. E isso pode ser extremamente perigoso.
De acordo com a pesquisa “Saúde mental nas empresas: qual a percepção de líderes e liderados?”, realizada por uma plataforma de terapia online em parceria com uma empresa de pesquisa, apenas 6% dos líderes se sentem confortáveis para demonstrar vulnerabilidade no ambiente corporativo.
Esse dado revela uma cultura ainda arraigada em frases como “Engole o choro”, “Seja forte” ou “Você precisa aguentar a pressão”. Frases que moldaram gerações de gestores — mas que hoje já não se sustentam frente às necessidades de um mundo corporativo mais humano e consciente.
Muitas empresas avançaram na promoção do bem-estar emocional dos colaboradores, com ações voltadas ao equilíbrio emocional, prevenção do burnout e suporte psicológico. Contudo, é comum que os líderes sejam esquecidos nessas estratégias — justamente aqueles que carregam grande parte da responsabilidade de cuidar dos demais.
Mas quem cuida de quem cuida?
Durante a pandemia, esse problema ficou ainda mais evidente. Uma pesquisa da Robert Half apontou que cerca de 90% dos líderes brasileiros sofreram impactos negativos em sua saúde mental nesse período. Ansiedade, depressão, insônia e sobrecarga foram alguns dos sintomas mais relatados.
Esses dados evidenciam que não existe liderança saudável sem líderes saudáveis.
A cultura organizacional tem um papel crucial na construção de ambientes mais seguros e acolhedores para todos — incluindo quem lidera.
Uma cultura que valoriza a segurança psicológica, a escuta ativa e a empatia permite que líderes se sintam mais à vontade para expressar suas vulnerabilidades, pedir ajuda e compartilhar dificuldades sem medo de julgamentos ou perda de autoridade.
Em um ambiente psicologicamente seguro, líderes e liderados se sentem respeitados e ouvidos. Esse tipo de cultura:
Reduz o estresse organizacional;
Diminui a rotatividade;
Aumenta o engajamento;
Favorece a inovação.
Promover essa cultura exige intencionalidade: é preciso reconhecer que o cuidado emocional também é parte da estratégia de negócios.
Apesar dos avanços nos últimos anos, falar sobre saúde mental ainda é tabu em muitas organizações. Alguns colaboradores — e até líderes — ainda encaram o assunto com preconceito ou vergonha, por medo de serem vistos como frágeis ou incapazes.
No entanto, empresas que enfrentam esse tabu de frente ganham muito mais do que visibilidade: elas constroem ambientes mais humanos, fortalecem sua reputação como marca empregadora e, principalmente, preservam seus talentos.
Realize campanhas internas de conscientização com apoio de especialistas;
Comunique com clareza os benefícios oferecidos (terapia, coaching, dias de bem-estar, etc.);
Ofereça espaços seguros para conversas abertas sobre o tema.
A transformação começa com educação e informação. Promover treinamentos sobre saúde mental ajuda líderes e liderados a:
Identificar sinais de burnout, ansiedade ou depressão;
Praticar a escuta empática;
Aprender a pedir (e oferecer) ajuda;
Cuidar melhor do sono, da alimentação e do equilíbrio corpo-mente.
A Happmobi, edtech especializada em aprendizagem corporativa, oferece um treinamento exclusivo sobre Saúde Mental, com foco em promover bem-estar e prevenir transtornos psicológicos no ambiente de trabalho.
Nesse curso, os participantes aprendem:
Quais são os transtornos emocionais mais comuns no mundo corporativo;
Como a rotina, o sono e a alimentação impactam a saúde mental;
Boas práticas para criar uma cultura mais acolhedora e saudável.
Tudo isso com uma linguagem acessível, conteúdos atualizados e uma experiência de aprendizagem gamificada, por meio da plataforma Happ Learning (LMS + LXP).
A saúde mental de líderes não pode mais ser negligenciada. O bem-estar emocional das lideranças é fundamental para a construção de equipes saudáveis, produtivas e engajadas. E essa responsabilidade precisa ser compartilhada entre líderes, liderados e empresas.
Transformar a cultura organizacional e investir em conscientização não é apenas uma ação de cuidado — é uma estratégia de sustentabilidade do negócio.